quarta-feira, 12 de maio de 2010


1. Qual a idade ideal para começar a fazer o Kumon? Existe idade mínima?
O Kumon é um método de ensino individualizado que desenvolve os alunos independentemente da idade e da série escolar. Portanto, não há limitação de idade e pode ser aplicado a adultos e crianças. O material didático do Kumon aborda desde conteúdos pré-escolares até de nível universitário.

2. Quanto tempo demora até concluir o curso?
Como o ensino é individualizado, a duração varia de acordo com o ritmo de aprendizado e as metas de estudo do aluno. Cada um receberá um planejamento de estudos, com previsão de quando concluirá os estágios do material didático conforme o seu desempenho e tempo disponível para fazer as lições diárias do Kumon.

3. Quando posso me matricular? E quais os custos?
Você pode se matricular em qualquer época do ano, pois, o aluno do Kumon não depende de turmas ou períodos letivos. O primeiro passo para se matricular é marcar uma entrevista individual com um orientador do Kumon. Você poderá fazer um teste gratuito, para diagnosticar as suas necessidades e os conteúdos que já domina. Basta procurar a unidade mais próxima na página Onde está o Kumon. A taxa de matrícula é única para o curso todo e todo o material didático a ser utilizado já está incluso na mensalidade.

4. O Kumon ajuda quem está com dificuldades na escola? Em quanto tempo?
As dificuldades na escola começam quando o aluno não consegue acompanhar as aulas, não assimila os conteúdos ensinados e não tem domínio dos assuntos básicos. Na Matemática, principalmente, os conteúdos estão interligados e são imprescindíveis para que se avance ao assunto seguinte. Por exemplo, como fazer contas de divisão, se não se sabe a tabuada? No Kumon, o aluno revisará os conteúdos não assimilados e avançará ao assunto seguinte somente depois de dominar 100% o anterior. Os resultados podem variar conforme o aluno, mas já nos primeiros meses, nota-se maior autoconfiança e segurança nos estudos, desenvolvimento da concentração e maior prazer em estudar, uma vez que consegue entender o que está resolvendo. A melhora no desempenho escolar torna-se, então, uma conseqüência natural.

5. Sempre fui um bom aluno, tirando boas notas. Que benefício poderei ter no Kumon?
O criador do método, o prof. Toru Kumon, acreditava que o potencial de uma pessoa não tem limites e que seria um desperdício deixá-lo adormecido ou não expandi-lo ao máximo. Esse pensamento é compartilhado por cada orientador do Kumon. Os alunos que já apresentam bom desempenho, têm a oportunidade de se desenvolverem ainda mais avançando a conteúdos cada vez mais elaborados, desafiar-se a si próprio, preparar-se para conquistar a aprovação nos vestibulares e outros sonhos. Assim como todos os alunos, eles aprendem a aprender . Sabendo estudar, poderão aprimorar-se cada vez mais

6. Em quanto tempo os resultados aparecem?
O objetivo principal do Kumon é fazer com que os alunos se tornem autodidatas, ou seja, capazes de estudar por si próprios. Durante o seu o desenvolvimento, alguns resultados começam aparecer já no início, como: organização, disciplina, desenvolvimento do hábito de estudo, entre outros. Paralelamente, começam a ser verificados os primeiros resultados nos estudos, as notas na escola melhoram e o aluno adquire autoconfiança e motivação para avançar em seus estudos. Neste período é importante que os pais acompanhem cada etapa do desenvolvimento, buscando sempre maneiras de elogiar cada progresso apresentado.

7. Como o Kumon pode ajudar quem está se preparando para prestar vestibular/concurso público?
Para quem está se preparando para o vestibular/concursos, o Kumon poderá ser útil de diversas formas, entre elas, citamos algumas: - o aluno desenvolverá a concentração e o raciocínio lógico e com isso terá maior facilidade e rapidez para resolver os exercícios propostos; - o aluno poderá utilizar os conceitos adquiridos no Kumon para resolver as questões e, também contar com a capacidade de dedução; - o aluno desenvolverá o hábito de estudo, o que auxiliará na organização de horários para um estudo concentrado e produtivo. - o aluno terá oportunidade de desenvolver o hábito de leitura e a capacidade de interpretação de textos. Para o aluno desenvolver as habilidades citadas acima, ele contará com uma orientação individualizada.
Fonte: www.kumon.com.br

terça-feira, 11 de maio de 2010

Avisos Importantes
◈No próximo dia 26 (quarta-feira) às 18h30, teremos um encontro com o alunos de 5ª a 8ª série.
◈No dia 5 de junho acontecerá a programação com os alunos do estágio G em diante, Projeto Planejamento do Tempo.
Mandaremos bilhetes para reforçar os avisos e confirmar horários.
Aniversariantes de Maio
02- Eduarda Hansel
04-Laís França
08- Nathalia da Silva
09- Franciane Cavali
13- Érick de Oliveira
13- Mônica Kaise
15- Tiago Benício
16-Kaiani Livi
18- Lucas Artigas
19- Profª Martha
23-Igor Vinicius de Oliveira
28-Luan Bauermann
Parabéns!!
Alunos que atingiram a meta
mês de Abril


Matemática
Eduardo Stachelski
Mônica Kaiser
Beatriz Klosowski
Caio rieger
Victor Seidel
Eduarda Hansel
Patrick Waldow
Alissa Saatkamp
Laísa Vier
Luan Bitencourt
Maria Luzia de Oliveira
Franccesco Backes
Marlon Pelá
Maressa da Silva
Gabriel Herpich
Mariana Costa
Guilherme Saito
Jaqueline Fiss
Matheus Seideil
Natalie Schweinberger
Manoel Wasen
Giulia Louro
Mateu Tetzlaff
Thiago Benício
Clóvis Schweinberger
Natália Appelt
Ana Paula Appelt
Isabela Klein
Maria Eduarda Uhry

Português
Marlon Pelá
Vitor Parreira
Natalia Appelt
Pedro Nunes
Maressa da Silva
Matheus Seidel
Bruna Feiten
Jair Eggers

Inglês
Salete Grings
João V. Kunimatsu
Lívia Kunimatsu

Parabéns!!!
Jeito Kumon de estudar

O método Kumon visa ao aprendizado pelo autodidatismo, ou seja, o aluno é estimulado a aprender por si só. Um dos fatores que contribuem para esse objetivo, além do material auto-instrutivo e de uma orientação individualizada, é uma rotina bem estabelecida, dentro da qual o aluno segue certos procedimentos para desempenhar os seus estudos em cada dia. Podemos dizer até que, muitas vezes a rotina é determinante para o sucesso desse estudo.
Desde o primeiro dia de aula, o orientador comunica ao aluno o que deve fazer o que deve fazer desde o momento que chega à unidade. O orientador ou o auxiliar costuma dar maior atenção a esse aluno até que ele consiga proceder de maneira autônoma, isto é, conduzir-se sem que ninguém tenha que lhe dizer o que tem que ser feito. Essa autonomia desenvolvida na rotina de aula contribui para o autodidatismo.
A rotina de aula do Kumon está estruturada para garantir que os alunos orientados individualmente tenham 100% de aproveitamento sobre o conteúdo estudado saiam da unidade satisfeitos e conscientes de suas metas de estudo. Dentro dessa rotina, o aluno participa do processo de aprendizado o tempo todo de forma ativa, e a cada aula vai adquirindo várias habilidades e responsabilidades.
Retrato de mãe
Uma Simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus;
e pela constância de sua dedicação, tem muito de anjo; que, sendo moça pensa como uma anciã e, sendo velha , age com as forças todas da juventude;
quando ignorante, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida e, quando sábia, assume a simplicidade das crianças;
pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama, e, rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos;
forte, entretanto estremece ao choro de uma criancinha, e, fraca, entretanto se alteia com a bravura dos leões;
viva, não lhe sabemos dar valor porque à sua sombra todas as dores se apagam, e, morta tudo o que somos e tudo o que temos daríamos para vê-la de novo, e dela receber um aperto de seus braços, uma palavra de seus lábios.
Não exijam de mim que diga o nome desta mulher se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum: porque eu a vi passar no meu caminho.
Quando crescerem seus filhos, leiam para eles esta página: eles lhes cobrirão de beijos a fronte; e dirão que um pobre viandante, em troca da suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria Mãe.
(Tradução de Guilherme de Almeida) Autor: Don Ramon Angel Jara - Bispo de La Serena –Chile
A equipe Kumon MCR, parabeniza e agradece todas as Mães.
Parabéns pelo seu dia, Mãe.
Jornal da Unidade - Edição 127 - Maio 2010

Editorial
Em alguns momentos, nos equivocamos a respeito da missão de ser pai e mãe. Faz-se necessário uma retomada de conceitos morais, éticos, religiosos e por que não dizer familiares.
Vivemos num mundo conturbado, onde o dinheiro é quem impera e comanda. Precisamos nos voltar para as coisas simples da vida: o amor afinal, um gesto de carinho, um elogio sem segundas intenções. Observar o filho que cresce, e que crescendo descobre novas emoções, testa novas possibilidades. Chegou a hora de assumirmos o papel de pai, e dessa forma assumir o rumo de nossos filhos. Essa é a maneira mais rápida e fácil de tornarmos nossos filhos campeões!
Martha Bauermann

domingo, 9 de maio de 2010

informativo Kumon - TV

O sucesso pertence aos fortes


Então, como formamos pessoas fortes, capazes de suportar as dificuldades e intempéries da vida?
Alguns dias atrás assistindo um programa da tv Ra-tim-bum, sobre educação, o psiquiatra Gikovate, dizia que a criança deve ser educada para aprender a superar obstáculos, a controlar sua frustração e respeitar ordens e autoridade. Quando se faz os caprichos da criança, ao invés de ajudá-la, os pais estão lhe expondo a um conjunto de dificuldades futuras, desde as mais simples, como não adequar-se em sala de aula, dificuldade de relacionamento em grupo, e até as mais graves como impor sua idéias a qualquer custo( mesmo que signifique ferir o semelhante) .
Cria-se através da falta de limite um adulto sem maturidade para assimilar as informações emocionais, e apenas o que lhe parece certo é a sua opinião, no momento que é contrariado se frustra, deprime, e, às vezes é capaz de diversas atrocidades.
Segundo Aguiar, “alguns jovens, por falha da educação familiar, têm com o mundo uma relação primária de prazer e desprazer, segundo a qual todo o esforço deve ser rejeitado”.
Muitas pessoas não têm noção de certo e errado e não conseguem estabelecer limites e responsabilidades, permitindo que os filhos ajam guiados pelo prazer, evitando qualquer coisa que lhes dê trabalho, entendida como desprazer. A criança escolhe algo. Se for gostoso, vai em frente. Se encontra dificuldades, larga. É uma geração, segundo Tiba, de muita iniciativa e pouca “acabativa”.
Cabe a família juntamente com a escola, cumprir o importante papel social de educar para o futuro. O saber não se limita a um acúmulo de informações, mas o conjunto de capacidade adquiridas e desenvolvidas na escola e na família, que torna o jovem apto a enfrentar desafios da vida.
Enfim, tornamos nossos filhos pessoas fortes e capazes de enfrentar desafios para obter sucesso, mostrando que a vida é composta de vários momentos de alegria e para desfrutá-los é necessário ultrapassar com persistência os momentos de dificuldade. Uma educação que visa a responsabilidade, o limite, o comprometimento, que desperte o apetite pelo saber, deve ser nosso objetivo constante.

Martha Bauermann
Especialista em Psicopedagogia
Método Kumon


 O Kumon é um método de estudo individualizado que busca formar alunos autodidatas, ou seja, capazes de aprender por si só.

 Oferecemos cursos de Português, Matemática e Inglês.

 Matemática:
O curso de matemática aborda conteúdos que vão desde a seqüência numérica (fase pré-escolar) até derivadas e integral (nível universitário). O objetivo é desenvolver no aluno a capacidade e agilidade de cálculo, raciocínio lógico.

 Português:
O curso de português trabalha desde o aprendizado da grafia de palavras até a síntese de textos. O objetivo é desenvolver a capacidade de leitura e interpretação, além do importantíssimo hábito de leitura.

 Inglês:
O material do inglês foi desenvolvido especialmente para brasileiros e vem acompanhado de CD, para o treino auditivo. Pelo contato diário com o idioma estrangeiro o aluno adquire vocabulário, capacidade de ler, escrever, ouvir e falar.

 As aulas acontecem duas vezes por semana. Nas 3as e 5as, o aluno permanece na Unidade cerca de 1 hora por disciplina.

 A mensalidade é de R$ 99,00 por disciplina e a matrícula é de R$ 65,00 esses valores são pagos adiantados, ou seja, assim que o aluno inicia.

 Para maiores informações, converse com a Orientadora Martha, (45) 3254- 8366, assim você terá a oportunidade de conhecer mais sobre o método Kumon e realizar um teste diagnóstico sem compromisso.
LIMITES ...

Antigamente nem se discutia o assunto, criança “não tinha querer”, quando desobedecia, respondia mal um adulto ou agredia um colega, não se tinha dúvidas, os pais agiam, davam castigos, corrigiam - muitos até batiam.
Com o passar dos anos e a modificação das relações humanas, as pessoas aprenderam que criança deve ser respeitada, que tem desejos, necessidades, aptidões e até indisposições passageiras como nós adultos.
O poder absoluto dos pais sobre os filhos foi substituído por uma relação mais democrática.
E todos viveram felizes para sempre...
Será¿
Na verdade não.
Ocorreram uma série de distorções nas relações familiares, e os pais tiveram dificuldades, de por em prática esta nova forma de educar.
Como saber a hora de dizer ‘sim’ e ‘não’¿
Negar algo para o filho, chamar atenção, pedir para que realizasse alguma tarefa doméstica, parecia crime... Iria traumatizar a criança....
No afã de obedecer a pedagogia e a psicologia, muitos pais perderam a autoridade sobre seus filhos. Perderam o rumo, exageraram na dose.
Mas como já dizia Aristóteles : “A justiça está no meio”.
Em primeiro lugar, faz-se necessário ter em mente, que, para formar um cidadão ciente de suas responsabilidades e direitos, dar limites é muito importante.
Ninguém saberá respeitar seus semelhantes se não souber quais são seus limites.
Diferenciar entre o que é necessário para a criança e o que é apenas desejo é muito valioso, pois o indivíduo interioriza conceitos como: ‘que nem sempre pode fazer tudo que deseja, pois nem sempre tudo que deseja é útil e correto socialmente’. Desta forma aprende a lidar com seus fracassos e frustrações.
Conforme Zaguri, “o ser humano ao nascer, não tem ainda uma ética definida. E somos nós, especialmente nós, os pais, que temos esta tarefa fundamental e espetacular – passar as novas gerações esses conceitos tão importantes e que conferem ao homem sua humanidade”.

Martha Aparecida Botan Bauermann
Pedagoga-Especialista em Psicopedagogia
Fonte: Zagury, Tânia. Limites sem Trauma. Rio de Janeiro, Record, 2001.
Educação ao longo dos anos
Segundo Saviani (apud FERRETE, 1994, p. 45), ao longo dos anos a educação foi vista de diversos modos. Em alguns momentos vista como um bem de consumo, no âmbito do não-trabalho, em outros, denotando um valor ‘não meramente ornamental, mas decisivo para o desenvolvimento econômico’.
Com o surgimento da propriedade privada na Antiguidade, tanto grega quanto romana, fez-se necessário uma educação diferenciada para essa classe ociosa, ao mesmo tempo, em que, a educação da maioria fixava-se no trabalho, ‘o povo se educava no próprio processo de trabalho’.
Na Idade Média assim como na Antiguidade, o meio dominante de produção era a terra, e as escolas destinavam-se as classes dominantes como formas de ocupação do ócio. A educação ainda é vista como não-trabalho e desnecessária as classes trabalhadoras.
Com o advento feudal, através do artesanato, fortalecendo a corporação de ofícios e acúmulo de capital, desloca o processo produtivo do campo para a cidade, surge um novo modo de produção o capitalista ou burguês, inverte-se deste modo a dependência da cidade com o campo, e este ‘passa a ser regido por relações do tipo urbano’. ‘Sendo assim a sociedade capitalista traz a marca do rompimento com a estratificação de classes’.
A sociedade passa a se organizar segundo um direito positivo e não mais natural, como acontecia até então. Faz-se necessário um aprimoramento e generalização da escola.
Mas essa generalização surge de forma contraditória, pois sobre uma base comum reconstitui uma escola de elite, de formação intelectual e outra escola para as massas de formação para o trabalho (habilitação profissional).
Ao mesmo tempo, alguns economistas que se contrapunham a universalização da escola por acreditarem tratar-se de ‘tempo roubado da produção’. Outros, porém, mais perspicazes, percebiam que a instrução escolar estava ligada a uma tendência modernizadora, de uma sociedade mais avançada.
Acreditavam que os trabalhadores se tornariam mais aptos a vida em sociedade, mais flexíveis, com o pensamento mais ágil, sendo assim mais adequados às necessidades da vida moderna. Mas faz-se necessário destacar que esta educação deveria ser ministrada por doses homeopáticas, como disse Adam Smith, se corria o risco de abalar a ordem social, pois, a partir do momento que o conhecimento torna-se generalizado, o trabalhador passa a ser proprietário dos meios de produção.
Instala-se neste momento uma contradição: o trabalhador precisa ter conhecimento, mas não pode deter os meios de produção. ‘A escola é reivindicada pelas massas trabalhadoras, mas as camadas dominantes relutam em expandi-la’.
Surge então Taylor com o estudo de tempo e movimentos, ‘onde cada trabalhador só domina aquela parcela em que ele opera no processo de produção coletiva’, e dessa forma contorna a contradição. Vale destacar que, neste momento, a escola ainda não constitui uma forma dominante e generalizada de educação.
Atualmente vivemos o que alguns chamam de segunda revolução industrial, difere da anterior pela necessidade de uma qualificação geral, ressalta o autor como sendo o princípio de ‘uma escola unitária que desenvolva as potencialidades dos indivíduos’.
‘Em suma, pode-se afirmar que o trabalho foi, é e continuará sendo princípio educativo do sistema de ensino em seu conjunto’.
Texto retirado: Bauermann, Martha. Fracasso Escolar- Uma Investigação dos Processos Geradores, na Visão do Método Kumon. Toledo. 2009
Como educar os filhos para serem autônomos e felizes

Quero compartilhar nesta edição um texto muito interessante, da educadora Cris Poli (na integra).

“O maior sucesso dos pais é de fato contribuir para que seus filhos sejam capazes de voar com as próprias asas, ou seja, criar filhos autônomos e, por conseqüência, mais felizes.
Uma pessoa autônoma se realiza na vida, sente-se em melhores condições de se adaptar a qualquer ambiente e tem aquela confiança própria de quem sabe que seu futuro só depende de suas ações.
Quando você estimula a realização plena do potencial de seu filho, está lhe dando melhores condições de ser aprovado nos grupos sociais nos quais ele tiver de conviver. Como, em maior ou menor grau, todos buscamos aprovação de nossos atos, ser autônomos dará a seu filho bem-estar, segurança e mais felicidade. E é preciso começar cedo, enquanto eles ainda são crianças. Ser responsável lhes será útil tanto na infância quanto na adolescência e na vida adulta.
“Mas, Cris, como eu faço isso¿”, você deve estar se perguntando. “Como é que eu posso pensar em criar filhos autônomos, se nem mesma consigo conversar com eles¿ Como posso fazer isso, se nossa casa mais parece um campo de batalha, em guerra o tempo todo¿ Como posso pensar em educar direito os meus filhos se não sei como fazer, se estou cheio de dúvidas, se sinto que já não tenho mais força nem paciência¿
É exatamente sobre isso que você vai aprender neste livro¹.
Vou lhe mostrar quais são os caminhos para educar seus filhos de modo que eles sejam pessoas realizadas, e que sua família tenha um convívio com mais harmonia e felicidade.
Mas, antes de tudo, você precisa entender o significado, de fato, formar filhos autônomos.
Tenho observado, em muitas famílias, uma grande confusão entre os conceitos filho autônomo e filho independente, que acaba sendo sinônimo de filho abandonado. Neste contexto, quando se fala em criar filhos independentes isso significa que eles têm de fazer tudo por si mesmos. É o mesmo que dizer: “Vá lá e tome banho, vá lá e arrume a cama”; enfim, vão lá e façam tudo sozinhos.
Contudo, os pais criam filhos autônomos quando lhes ensinam aquilo que precisa ser feito da maneira que acreditam ser correta, capacitando-os para a vida, e não abandonando à própria sorte. E não é preciso se preocupar com o momento de soltá-los, pois eles mesmos caminharão com as próprias pernas para fazer tudo o que lhes foi ensinado. Quando for cobrar, verifique o que foi assimilado e complete com as orientações que ache que ficaram faltando.
Entretanto, tenha isso em mente: a base para desenvolver a autonomia está em ensinar a seus filhos os valores que você acredita serem corretos e estabelecer as regras que considera convenientes. E deixar claro aquilo o que espera deles.
O processo de criar um filho, em muitos aspectos, é bastante semelhante ao educar um aluno. Eu uso esse mesmo método para estimular a autonomia das crianças na escola em que leciono.
Por exemplo: o aluno tem uma office, um tipo de cabine de trabalho com mesa e cadeira, e deve manter esse local arrumado, organizado. Essa é uma das necessidades da sala de aula.
Mas, antes, eu preciso ensiná-lo como quero isso arrumado, porque, como professora de 25 alunos, tenho em minha classe as referências de 25 casas, com 25 hábitos e 25 ideias de organização, todas diferentes entre si. E pode ser que a minha ideia de organização seja diferente da do aluno. O que é bagunça para mim – no caso, o jeito como ele deixou seu local de trabalho - , pode parecer perfeitamente organizado de acordo com a concepção dele.
Então, qual é a primeira coisa que eu preciso fazer¿ Devo dizer ao aluno: “Eu quero o lápis aqui, esse outro ali, a borracha lá e o livro do outro lado. Está bem¿” Porque, para mim, organização é isso. E é isso que eu espero que ele faça. Logo, devo ensiná-lo organizar da maneira que eu considero adequada para que ele possa trabalhar da melhor forma. Só depois poderei cobrar dele.
Em qualquer fase da vida, em qualquer lugar, seus filhos saberão que deverão aprender constantemente, e que terão de cumprir com o que é esperado deles. Assim, terão maiores chances de corresponder às expectativas do ambiente em que estão vivendo. Autonomia implica aprender pra depois executar. Implica também ter responsabilidade para alcançar as metas da maneira certa.
É bom lembrar, porém, que criar filhos capazes de cuidar da própria vida é uma arte, mas também é uma ciência que pode ser aprendida.”


1 - Poli, Cris. Filhos Autônomos, Filhos Felizes. São Paulo: Editora Gente, 19ª edição, 2006.