LIMITES ...
Antigamente nem se discutia o assunto, criança “não tinha querer”, quando desobedecia, respondia mal um adulto ou agredia um colega, não se tinha dúvidas, os pais agiam, davam castigos, corrigiam - muitos até batiam.
Com o passar dos anos e a modificação das relações humanas, as pessoas aprenderam que criança deve ser respeitada, que tem desejos, necessidades, aptidões e até indisposições passageiras como nós adultos.
O poder absoluto dos pais sobre os filhos foi substituído por uma relação mais democrática.
E todos viveram felizes para sempre...
Será¿
Na verdade não.
Ocorreram uma série de distorções nas relações familiares, e os pais tiveram dificuldades, de por em prática esta nova forma de educar.
Como saber a hora de dizer ‘sim’ e ‘não’¿
Negar algo para o filho, chamar atenção, pedir para que realizasse alguma tarefa doméstica, parecia crime... Iria traumatizar a criança....
No afã de obedecer a pedagogia e a psicologia, muitos pais perderam a autoridade sobre seus filhos. Perderam o rumo, exageraram na dose.
Mas como já dizia Aristóteles : “A justiça está no meio”.
Em primeiro lugar, faz-se necessário ter em mente, que, para formar um cidadão ciente de suas responsabilidades e direitos, dar limites é muito importante.
Ninguém saberá respeitar seus semelhantes se não souber quais são seus limites.
Diferenciar entre o que é necessário para a criança e o que é apenas desejo é muito valioso, pois o indivíduo interioriza conceitos como: ‘que nem sempre pode fazer tudo que deseja, pois nem sempre tudo que deseja é útil e correto socialmente’. Desta forma aprende a lidar com seus fracassos e frustrações.
Conforme Zaguri, “o ser humano ao nascer, não tem ainda uma ética definida. E somos nós, especialmente nós, os pais, que temos esta tarefa fundamental e espetacular – passar as novas gerações esses conceitos tão importantes e que conferem ao homem sua humanidade”.
Martha Aparecida Botan Bauermann
Pedagoga-Especialista em Psicopedagogia
Fonte: Zagury, Tânia. Limites sem Trauma. Rio de Janeiro, Record, 2001.
Nenhum comentário:
Postar um comentário